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Foi iniciada na manhã desta terça-feira, 28 de setembro, uma nova fase da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal de Timon para investigar eventuais omissões do governo municipal em relação ao combate à pandemia do novo coronavírus. O vereador Ulysses Waquim, presidente da CPI, ressalta que após a fase de coleta e análise de documentos a comissão passará à fase onde serão ouvidas testemunhas.

Nesta terça-feira estavam previstos os depoimentos do secretário municipal de Saúde de Timon, Marcus Vinícius, e também do ex-secretário da pasta, vereador Márcio Sá, porém ambos obtiveram um habeas corpus da justiça e não compareceram à audiência, que teve início às 09h, no plenário da Câmara Municipal de Timon. Estiveram presentes os membros da Comissão, vereador Ulysses Waquim, vereador Neto Peças, vereador Juarez Morais, vereador Drº Torquato e vereador Irmão Francisco, além dos vereadores Uilma Resende, professora Vanda, Kaká do Frigo Sá, Alinne Macedo, Helber Guimarães e Jorge Passos.

Para o presidente da CPI, vereador Ulysses Waquim, a ausência do gestor e do ex-gestor da saúde do município à audiência é uma tentativa de obstruir o trabalho investigativo da comissão, além de ser uma falta de respeito à população timonense.

“Eles são gestores públicos e precisam esclarecer os gastos públicos referentes à pandemia. Timon recebeu mais de R$ 20 milhões somente destinado ao enfrentamento da pandemia e os gestores que estavam à frente da secretaria de saúde eram os responsáveis pela celebração de contratos, por isso devem saber como esse dinheiro foi gasto. Perdemos 377 vidas e muitos dos que foram acometidos com essa doença hoje vivem com sequelas. O que queremos aqui é esclarecer como os recursos públicos foram utilizados”, destacou.

O presidente da Câmara Municipal de Timon, vereador Uilma Resende, pontuou que na condição de presidente da Casa deu total liberdade para que os demais parlamentares levassem à frente a investigação, já que cumpriram todas as exigências regimentais para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e que como cidadão timonense também cobra para que os recursos públicos sejam gastos com honestidade e transparência, em espacial os recursos destinados à saúde da população. Uilma Resende, assim como todos os veradores presentes à audiência, também criticou a ausência dos gestores da saúde do município de Timon.

“Existe uma máxima que diz ‘quem não deve não teme’, se não estão devendo, então o que custava comparecer? Sabem o que aconteceu aqui, neste exato momento? Eles assinaram um atestado de culpa. E quem discordar disso é conivente. Vou fazer um apelo aos 21 vereadores, que esqueçam as questões políticas e peçam que eles venham aqui, que não colaborem com isso. Pois eles pediram habeas corpus, mas os únicos que perderam a sua liberdade foram os 377 timonenses que perderam suas vidas para a covid”, pontuou Uilma Resende.

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